sábado, 12 de janeiro de 2008

UM COSTELETA DE MESSINES

(eu vi crescer aquelas árvores...)
O MELHOR FOI O MACHADO.

Houve bons alunos no meu tempo de Faro até às Secções Preparatórias para os Institutos. De todos, aquele que mais me impressionou pela sua rápida compreensão das matérias foi o Luciano Machado de Messines.
Disse-me o Cabrita Longo que o Machado, em Económicas onde se licenciou, numa aula de Matemáticas Gerais, teria interrompido a explicação do Prof acerca de determinada passagem, coisa que, em tempos de magister dixit, ninguém se atrevia a fazê-lo. E Machado fez. E o Prof. parou e explicou.

O Machado juntou-se a nós em Faro em 60//61 e vieram com ele da escola de Silves, o Domingos Morgadinho, o Zé Andrés, o Manuel Jacinto, a Antonieta e a Teresa e mais umas duas ou três moças. Tudo gente seleccionada, bons alunos em Matemática e Contabilidade. Nós, os de cá da cidade de Faro, tínhamos os irmãos Gabadinho, o Zé e o Xico que eram bons a matemática... Mas o Machado dava cartas principalmente a matemática e Física.

Os professores eram bons, o Dr. Jorge Monteiro a Matemática e Física e o Dr. Queiroz a literatura.

Mas aluno como o MACHDO.... difícil.

João Brito Sousa

JOSÉ FELIX DE JESUS

UM COSTELETA FAMOSO

JOSÉ FELIX DE JESUS

foi o ponta esquerda da equipa de futebol da Escola, numa altura em que era difícil lá chegar, porque a equipa da Escola tinha bons valores a jogar na frente nesse tempo.

O seu interior era o Xavier, que jogava mais para dentro do campo. O Zé Félix jogava colado à linha, era rápido, e fazia com o Xavier uma boa asa esquerda. Tinham uma jogada estudada.

Quando o Xavier tinha a bola, fazia um lançamento para a cabeceira a rasgar a defesa contrária, fazendo passar a bola entre o defesa direito deles e o defesa central. Era nessa altura que aparecia o Zé Félix, que centrava bem, a colocar abola na cabeça do Eugénio que entretanto surgia . Fizeram muitos golos assim.

Como amigo é uma pessoa excepcional e toda a gente gosta do Zé Félix. Deu tudo à vida e recebeu dela a devida contrapartida. É um trabalhador nato e versátil. À excepção do Banco de Portugal, trabalhou em quase toda a banca comercial. e fez complementarmente “um pézinho” de cerca quatro anos, em simultaneo, nos CTT, trabalhando catorze horas diárias, por opção, o que originou a renúncia à frequência do Instituto Comercial de Lisboa,
Actualmente vive em OEIRAS e é empresário com grande capacidade de desempenho e algum sucesso.
Aí vai uma história passada com ele na Escola.
Numa aula de ginástica, o professor Américo entendeu destiná-la a provas de corrida no átrio da Escola. Eram corridas de 50 metros. Foram feitas várias eliminatórias. Havia um contra: o cabelo crescido do Zé, que ainda coloca um lenço na cabeça, à semelhança do Ventura, defesa central do Farense. O professor Américo chama-o e diz-lhe: Zé, toma lá cinco tostões para comprares ganchos e acertares o cabelo, se não for assim não ganhas.

Com ganchos ou sem ganchos, o Zé viria a ganhar a prova, tendo como adversário o Sebarrinha da Indústria.
Para a próxima vão sair os pormenores daquela do Sintra, que veio de Silves, com o Dr. Uva, ó seu estúpido, o que o senhor fez no teste leva duas horas a fazer . O tempo do teste foi de uma hora. Como é que o senhor mete duas horas numa ?...

Por
João Brito Sousa