segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

POSTAL ILUSTRADO - Recordando




Quem se lembra destas duas fotos?
Recolha de Rogério Coelho
NOTA: Nesta Secção, POSTAL ILUSTRADO, iremos recordar algumas fotografias daquele tempo. Anos 50

ATENÇÃO:- Para verem em tamanho do monitor, clikem com a mãosinha na fotografia

O QUE NÓS APRENDEMOS

(no FELIZARDO & GLORINHA também se aprendia)

APRENDIZAGEM COSTELETA

Foi uma boa aprendizagem na Escola, essa que nós íamos ganhando sem darmos por isso. Nos contactos uns com os outros aprendemos a ser solidários no grupo e a defendermo-nos no plano individual. Nos relacionamentos com os nossos professores aprendemos a tratar os nossos superiores com deferência. Aprendemos princípios de higiene e aprendemos a perceber que a vida é muito difícil e que temos de ajudar os nossos Pais, a respeitá-los, assim como aos mais velhos.

Com a aprendizagem destes valores (conjunto de normas e regras), formámos o nosso carácter, com que cada um de nós havia de pautar, mais tarde, a sua conduta na sociedade.

A escola é uma instituição que espera por nós, para nos ensinar coisas que nós precisamos de saber, obviamente. A criança precisa de integrar um meio onde possa passar por dificuldades e onde seja ela a aprender a resolver as complicações surgidas no dia a dia, derivado do relacionamento com os outros.

Mas quem são os outros?

Na nossa vida, há pessoas que nos marcam de muitas e variadas maneiras, porque aprendemos muitas coisas com eles. Neste apontamento dedicado à nossa escola, diremos que as pessoas que mais nos marcaram, evidentemente, foram os nossos professores. Apesar de nem todos perceberem que nós, principalmente os que vínhamos do campo, os chamados “montanheiros”, precisávamos um pouco da sua tolerância e compreensão

Mas nós amámo-los a todos e aqui quero deixar, em nome de todos os alunos da nossa Escola, o nosso muito obrigado.

Sofremos para aprender. A alimentação era precária, o conforto e o agasalho também, as dificuldades muitas. E ganhámos vícios . Aprendemos também a fumar e alguns de nós a beber.

Mas de um modo geral mantivemo-nos orgulhosos e altivos e, além da aprendizagem com os nossos professores, aprendemos também com os outros que frequentavam o meio.

Aprendemos com a rua, a respeitá-la, a não sujá-la e a aumentar o nosso poder de observação. A rua é outra escola que muito nos ensina treinando o olhar..

Aprendemos a observar que há quem passe simplesmente na rua e o seu olhar fica vagueando na nossa memória por infinitos instantes e pensamentos. E aprendemos que há quem simplesmente passa por nós e olhamos como quem olha para o desconhecido; e que há aqueles que nos tocam pela sua maneira de ser, os que nos ferem sem aparente razão de ser, e ainda aqueles que ficam a habitar o nosso coração.

A vida é isto mesmo, uma constante aprendizagem na troca de relações humanas.

João Brito Sousa

CRÓNICA DA CORTELHA

(na Cortelha aos sábados à tarde)
A Diáspora Costeleta – 2
do Romualdo Cavaco

Saídos de Faro com a mala cheia de sonhos os Costeletas dispersaram-se por todo o Globo. Era fácil conseguir emprego na Europa, na América, em África, na Ásia.

Certo dia – hora de almoço na Banca – entra um cliente estrangeiro e predispõe-se trocar cheques de viagem. O Costeleta diz-lhe: – “It’s closed”.

O “Bife” não desiste: - “I wish to change”.

O Costeleta responde: “I have no Cashier – I have no money”

O “Bife” enfurece-se e pensa na “DECO – ALBION”. Pede a identificação ao Costeleta.

Este, solicito e de imediato ... vai buscar um cartão de visita – com o monograma do Banco – o tal da caravela à bolina ... e escreve na Royal:

“CHEGOU TARDE E NÃO PODE SER ATENDIDO”...

O Costeleta entrega o Cartão ao “Bife” e diz-lhe: “Please, here is my name”.

Diz o “Bife” sorridente, já não desejando trocar os cheques: - “Ôôô – Thank You.”E esta êim!!!.


Recolha de
João Brito Sousa