quinta-feira, 18 de setembro de 2008

CORREIO COSTELETA




Exmo. Senhor João Brito Sousa,


Envio um soneto dedicado a um Grande Homem que nos legou uma obra riquíssima e foi Professor de alguns costeletas.Se o Senhor achar que o soneto tem alguma qualidade pode publicar no blogue, se assim o entender.Este soneto é da autoria do costeleta que cá tenho em casa.

Aceite os meus respeitosos cumprimentos.

Lídia Machado

ZECA AFONSO

Calou-se para sempre a voz magoada
Ritual de protestos, mil razões;
Que fazia vibrar mil corações
Na magia, no som duma balada.

Porque a alma do povo está prenhada
De indeléveis e sãs recordações:
De vermelhos cravos, de canções
E da Morena Vila da alvorada !

Que fique para sempre o que cantou
ZECA AFONSO, honrando a Lusa Gente
E a gesta sublime que gerou

A doce melodia, o tom dolente.
Das canções dos poemas que sonhou
Que lá esteja em paz e cá presente

COSTELETA
ANTÓNIO MACHADO.

CORREIO COSTELETA

Bom dia Rogério Coelho,

Apesar de não participar, continuo leitor atento do blogue e dos comentários aos textos publicados.

Quero deixar um pequeno comentário, não a propósito de qualquer texto em particular, mas à generalidade das respostas a alguns textos ou mesmo a alguns comentários.

Assim:

1. Quando os escritos contêm temas dogmáticos, particularmente sobre religião e ou política, são sempre susceptiveis de "agredir", quem possa não estar de acordo e consequentemente pense de forma diferente.

2.Porque o blogue permite comentários anónimos, "todos" os leitores - costeletas, bifes ou neutros- têm a faculdade, que lhes foi concedida por vocês, de o fazer.

3.Reagir com alguma violência aos comentários anónimos, como tenho lido, não me parece uma política de tolerância, antes um foco de afastamento, de todo, pouco recomendável.

4.Se os administradores do blogue, não têm capacidade ou não querem aceitar esta modalidade de comentário, deveriam suspender, permitindo únicamente a crítica assinada.
Eu próprio, meu caro Rogério, não mais comentei qualquer texto, -anónimamente ou assinando- por sentir alguma intolerância à crítica.

Um abraço

COMENTÁRIO

1 - O texto acima, é de um costeleta dos velhos tempos dos bons alunos da Escola. Diz ele que continua atento ao blogue mas não participa. Não me parecer ser assim, porquanto este texto que me chegou às mãos é sinal de interesse e participação também. E ainda bem que é assim.

2 – Acerca dos temas dogmáticos que fala o texto acima, o que apresentei e respectivo comentário, não contém agressão nenhuma. O autor do texto acima, que me conhece bem, sabe isso perfeitamente, que não é minha intenção agredir seja quem for. Apenas saiu.

3 – Comentários anónimos, ok, fica ao critério de cada um. Não os impedimos.

4 – “Reagir com violência aos comentários anónimos, como tenho lido” ... se foi essa a ideia que deixei quero dizer que não há aqui violência; apenas me defendi em termos normais. De qualquer maneira irei,
de futuro, não agir dessa forma. Há política de tolerância sim, mas também exigimos consideração pelo nosso trabalho que às vezes não sai bem, como em tudo na vida. Rejeito essa citação “de política de não tolerância e foco de afastamento pouco recomendável” . O autor do artigo acima, sabe que não é disso que se trata e vem revelar pouca consideração, ou nenhuma, por quem tem vindo a dar assistência diária ao blogue. Esta atitude tem um nome que me escuso agora de citar.

5 – Já demonstrámos que temos capacidade para enfrentar toda e qualquer tipo de situação. Portanto, continua tudo como está. Comentários anónimos?!.. é com o autor.

6- Não estou agarrado ao lugar e sou um defensor destes diálogos, mesmo que pareçam brutos. Sou pela honradez.. logo...

7 – Digam de sua justiça.

Um ab.

João Brito Sousa

MIGUEL TORGA


A FRASE DO DIA.

A grande beleza da vida e o seu grande sentido é justamente ser inútil...”.
Miguel Torga.

Não sei se o País já fez a devida homenagem a Miguel Torga, no tocante a reconhecê-lo como grande homem das letras. Quer seja na poesia quer seja na prosa, Torga foi enorme.

Apesar de grande artista não se identificou muito com a vida. Nunca a percebeu bem, talvez como muitos e a parte final da sua existência foi difícil. Especialmente quando se apercebeu que a doença de que padecia, estava a tornar inútil tudo quanto de bom tinha feito até ai.

Este poema é dele.

BANQUETE

Encho os olhos de terra.
No Alentejo há muita e é de graça.
Dou-lhes esta fartura,
Antes que um só torrão, na sepultura,
Os cegue e satisfaça.

E esta prosa também...

Rio de Onor, 27 de Setembro – Ao cabo de oito dias de permanência num mundo destes, com sua língua própria, seus costumes e suas leis, nada escrevi sobre ele, nem sinto que venha a escrever grande coisa,

Velho ADOLFO e grande homem ...

João Brito Sousa

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS

Fazem anos em Setembro:

21 - Maria do Carmo Negreiros. 22 - Eugénio Estêvão Filipa Dionísio. 23 - Aníbal Aleixo Filipe; Lucília Maria Campos Carneiro Telo Pereira. 24 – Maria Valentina Aleixo Martins. 25 – Lídia Rosa Nunes. 27 - José Egídio do Rosário Gouveia. 28 - Wenceslau Pinto Nunes; Manuel Pires Vitória; Maria Celeste Gonçalves Pereira; Diogo Costa de Sousa. 29 - Manuel Palma Pires. 30 - Aunção Vargas Brito Dores. 31 - Virgílio Nicolau Pires.

OS NOSSOS PARABÉNS

Pesquisa de Rogério Coelho

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO


RETIRO AS MINHAS PALAVRAS

O meu comentário ao texto de Raul Brandão mereceu os seguintes comentários laterais, de pessoas que considero e que gostam do blog (sou levado a concluir isso).

Ei-los:

1 - Ainda sobre este assunto, quero lembrar que o tema religião foi colocado no blogue pela administração, quando se permite afirmar que Deus não existe. Os comentários a este tema são em numero de oito (até agora) e novamente a administração que devia pôr agua na fervura, actua ao contrário.
Obviamente que dai resulta algum mal estar, que pode ser grave especialmente para os "calados".
Volto a afirmar que a existência da possibilidade de comentários anónimos, obrigará a administração a ter uma capacidade de tolerância que lhe permita, não o confronto, mas o dialogo e esclarecimento, a não ser que lhe agrade esta tipo de bate-papo escrito. Confesso-lhe que não faz o meu genero.

Nota final- Porque o tema é algo complicado, prefiro dialogar a dois, embora não tenha qualquer inconveniente em tornar publicas as minhas ideias.

2 - Meu caro Senhor, João Brito Sousa,
Com todo o respeito que o Senhor merece, quero dizer o seguinte:
O 1º e o 4º comentário são meus: - Não me identifiquei porque não sou costeleta. Sou casada com um costeleta. Como não sou cobarde, nem tenho por hábito enconder-me sob o anonimato porque graças a Deus não tenho "arcas encoiradas"...
Quero dizer o seguinte:
Costumo assiduamente visitar o blogue dos costeletas porque é um blogue com alguma cultura em suma é um blogue rico. Já aprendi alguma coisa nesse blogue.
Quanto ao comentário nº 4, não me referi a alguém em particular mas sim ao mundo em que vievemos que cada dia trás mais ódio, violência, guerra, etc
Como atrás referi não sou costeleta mas tive bons professores e ainda tenho alguns bons amigos costeletas, eles sim podem dizer do que é que a minha alma está impregnada. O Grande MESTRE OLÍVIO, Maria José Fraqueza, Eduardo PEdro Soares, Ercília e Aurélio Madeira, António Pires Guerreiro Nicolau, Custódio Justino, bancário aposentado ex-colega do meu marido, etc. etc. etc.
Por favor antes de tecer qualquer comentário maléfico pense 2 vezes para não magoar alguém e muito menos deixar passar uma mensagem negativa...
Com os meus respeitosos cumprimentos


3 - Exmo. Senhor João Brito Sousa,
Apesar de não o conhecer pessoalmente, tomo a liberdade de lhe enviar uma receita de BOLO DE NATAL que podemos utilizar todos os dias.
Bolo de Natal

Ingredientes:1 chávena de amizade
2 chávenas de compreensão
1 chávena de paciência
1 chávena de humildade
1 copo transbordando de alegria
1 pitada de bom humor
1 colher de fermento de vida cristã
Preparo:Meça as palavras cuidadosamente; acrescente a compreensão, a humildade e a paciência, misture tudo com muito jeito.
Use fogo brando. Nunca ferverá !
Tempere com a alegria, o bom humor e a vida cristã.
Sirva porções generosas, sempre com muito amor.
Não deixe esfriar, a temperatura é a do coração.
A receita nunca falha
Aceite os meus respeitosos cumprimentos

O MEU COMENTARIO

Agradeço a todos que se pronunciaram sobre os meus comentários ao texto de RAUL BRANDÃO e agradeço desde já que me autorizem a publicar os textos que me chegaram.

E quero dizer o seguinte:

Entendo que não devia ser tratado como fui, sobretudo, por pessoas anónimas que utilizaram um processo pouco idóneo, tentando atingir-me.

Como se diz no comentário nº 1 deste texto, o assunto é polémico, mas sendo actual, gerou este pequeno burburinho favorável.

Fernando Pessoa também disse que nunca O tinha visto e nada lhe aconteceu.

De qualquer maneira, quero dizer que não quis ofender os crentes e aproveito para vos lembrar que o Dr. Lucas Pires disse que o não também é democrático.

Mas,

O que eu esperava que dissessem é que tal comentário, ao falar de religião, ofende os estatutos da Associação. Mas não disseram... E é aí que eu errei. É por isso que vos peço desculpa... de cabeça levantada, sempre....

João Brito Sousa

DEBATE COSTELETA


TEMA PARA DEBATE
por JOÃO BRITO SOUSA

O QUE É SER ESCRITOR?...

Onde é que termina a função daquele que se diz escritor ou que gosta apenas de escrever e começa o trabalho daquele que se pode considerar escritor.

Diniz Machado que escreveu apenas “O que diz Molero” poderá considerar-se um escritor?.

Baptista-Bastos que começou como jornalista e escreveu dez romances e ainda escreve para os jornais, pode ser considerado escritor?

Hemingway foi jornalista de guerra e Prémio Nobel da literatura. O que é que fez para isso?.

Escrever é um aprendizagem perpétua onde raramente se chega lá diz Baptista-Bastos..

COMENTÁRIO ... perguntando.

Dizem os entendidos na matéria que, para se conseguir ser escritor, é preciso ler muito. Obviamente que isso será uma realidade. Mas será que, lendo muito e gostarmos de escrever, estamos condenados a ser grandes escritores? Há grandes escritores? E pequenos e médios também? Porque é que não há uma escola de ensinar a escrever em Portugal? Porque é que o Dr. Mário Soares, que produz cinco livros de reconhecido mérito por ano, se recusa a ser considerado como escritor?

Será o número de exemplares vendidos que define o escritor? Ou será por o Dr. Mário Soares escrever sobretudo biografias e não ficção? Residindo aqui o cerne da questão?