segunda-feira, 6 de julho de 2009

JOGOS FLORAIS

OS NOSSOS JOGOS FLORAIS

Jogos Florais são, antes de tudo, grandes encontros de fraternidade, de troca de ideias, de fortalecimento de amizades.
As verdadeiras raízes dos Jogos Florais nasceram na Roma Antiga, onde se celebrava uma grande festa popular em homenagem a Flora – deusa das flores e dos jardins, mãe da Primavera, amada de Zéfiro. Flora é uma das mais antigas divindades itálicas. Inicialmente venerada como deusa das sementes e dos frutos, transformou-se na deusa que presidia tudo aquilo que florescia, por isso mesmo a deusa das flores e dos jardins,
Na verdade, é na essência da Vida – a Poesia – que encontramos motivos para Viver!
Foram diversos países que assimilaram os Jogos Florais, sendo estes concursos que mantêm mais viva a Poesia. Portugal foi um deles, talvez o principal. A Emissora Nacional, de Lisboa, promovia-os todos os anos, elegendo, em cada edição, o príncipe dos poetas portugueses. Também eram realizados em Coimbra, Porto, Figueira de Foz, Almada, Angra do Heroísmo, Quelimane, etc. E assim também nas províncias da África, em cidades de Angola, tais como Benguela, Nova Lisboa, Lobito e outras.
No Algarve, realizaram-se os primeiros Jogos Florais em Armação de Pêra e Tavira no século vinte. Percursores destes Jogos – Os Florais de Nossa Senhora do Carmo da Fuzeta, com mais de 40 anos de existência, os Jogos Florais do Algarve promovidos pela Racal Clube de Silves que ainda não totalizaram trinta edições, e os Jogos Florais da Festa da Aleluia, em S. Brás de Alportel.
Noutras regiões: Jogos Florais de Almeirim, de Évora, de Monforte de Avis, da Associação Portuguesa de Poetas em Lisboa e outros com menos anos de exitência
Actualmente, são os Jogos Florais de Nossa Senhora do Carmo, da Fuseta, os mais concorridos em Portugal com 39 anos de rotatividade permanente e alguns anos mais dispersos sem sequência. Foram cerca de 200 poetas internacionais que concorrerem a este certame.
Ainda hoje se realizam diversos Jogos Florais em Portugal, promovidos por entidades culturais, câmaras municipais, emissoras de rádio, e jornais.
Outros concursos literários mais recentes se têm realizado nas últimas décadas, tais como: Concurso Literário Algarve- Brasil promovido pelo Clube da Simpatia de Olhão, com 12 anos de realização anual.
Além de Jogos Florais e outros similares, fazem-se também outros concursos de quadras populares sendo o mais antigo realizado anualmente pelo “Jornal de Notícias”, do Porto, desde 1920 - um Concurso de Quadras de São João, recebendo milhares de “quadras” e o Concurso Internacional de Quadras Natalícias da Fuseta, com 13 anos de realização anual, promovido pela Secção Cultural do Sport Lisboa e Fuzeta, p concurso de Quadras de Santo António promovido pela Câmara Municipal de Lisboa e outros.
Daqui, a importância destes concursos, considerando neste contexto, aqueles cuja capacidade e mérito merecem ser enunciados como Homens de Talento – OS POETAS DOS JOGOS FLORAIS – esses homens de valor, cujo talento é ainda ignorado.
Poetas louvai comigo
Os poetas dos florais
Aqueles a quem bendigo
Aos meus amigos leais!

Lutando pela Poesia
Não me canso de lutar
Com alma lusa, algarvia
Na minha forma de Amar!

Há poetas com talento
A quem presto meu louvor
Em ondas de sentimento
Nesta rota - um mar de Amor!

Maria José Fraqueza - Fuzeta
Recebido e colocado por Rogério Coelho

JOGOS FLORAIS

PROGRAMA DIA 18 DE JULHO

10 horas – Visita dos poetas e escritores à Casa Museu Maria José Fraqueza

11 horas- Visita ao cais - Procissão por mar de Nossa Senhora do Livramento.

12,30 horas – Recepção dos Convidados no Sport Lisboa e Fuseta.

16,00 – Abertura dos Jogos Florais por Maria José Fraquezq, no Salão
de Festas do Sport Lisboa e Fuseta, seguindo-se:

- Proclamação dos Vencedores
- Homenagem ao poeta António Isidoro Viegas Cavaco
- Recital de Poesia pelos premiados
- Momentos Musicais pelos artistas fusetenses e demais convidados.
- Encerramento

A directora do certame,
Profª Maria José Fraquezq


PS – Se gosta de Poesia e Música não deixe de assistir aos Jogos Florais.

JOGOS FLORAIS

XXXix JOGOS FLORAIS INTERNACIONAIS N. SRA. DO CARMO — FUSETA


Convidamos V. Exa. para a Sessão de Apresentação dos Jogos Florais, a realizar no dia 18 de Julho (sábado) pelas 16 horas no Salão de Festas do Sport Lisboa e Fuseta com o seguinte programa:
Homenagem a Isidoro Cavaco

CONVITE - Abertura da Sessão pela Directora Cultural
- Recital de Poesia dos Jogos Florais.
- Momento Musical com artistas convidados.
A Secção Cultural

CRÓNICAS SEMANAL (1)




Por Alfredo Mingau

Começo por cumprimentar todos os que, bem intencionados como eu, dedicam algumas prosas neste lugar.
Dizem que o Blogue é, como diz o Rogério Coelho, “de todo o universo Costeleta”, e, sem o pseudónimo com que assino esta crónica, também sou Costeleta.
Temos que confessar que um Blogue necessita de matéria escrita para sobreviver.
Tenho conhecimento que muitos costeletas abrem o computador, ligam a Internet e... oscosteletas.blogspot.com e tomam conhecimento dos vários artigos que aqui são colocados e são apreciados com alguma satisfação e curiosidade. Mas, eu acho que não basta tomar conhecimento, é necessário contribuir. Todos os Costeletas têm, pelo menos, uma história passada durante os estudos.
Como escrevia uma Costeleta no Jornal da Associação, todos têm uma história guardada no seu baú das memórias Escrevam!. Tirem do baú
Fui estudante Costeleta na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, instalada na Rua do Município, e a entidade máxima da Escola era o Sr. Director. Anos mais tarde passou a designar-se por Presidente do Conselho Executivo.
Presentemente, e para aqueles que desconhecem, voltou a chamar-se o Sr. Director.
A Escola na Rua do Município, cujas instalações estavam de certo modo degradadas, transferiu-se para o edifício onde hoje se encontra e onde funcionava o Liceu João de Deus.
E por falar em instalações degradadas, recordo as duas quadras que o Almeida Lima, na festa de finalistas apresentou:

A nossa escola
Está a cair aos bocados
Ainda bem que nos livramos
De ficar Lá entaipados

E se algum dia
Vem um temporal
Lá vai o nosso Director
Em braços pr’ó hospital

E o refrain:
- Onde vais meu burro?
- Pôr a Escola no seguro!

(desculpa Almeida Lima não te pedir autorização)
Meus caros, irei tomar conhecimento das novidades Costeletas e, com algumas histórias daquele tempo, darei notícias na minha crónica semanal.
Até lá
Recebido e colocado por Rogério Coelho

OS AMIGOS TOLERAM OS DEFEITOS...


A frase acima é da autoria do costeleta que disse "SOMOS A GERAÇÃO DE OIRO".


Por se tratar de pessoa correcta e carregada de humanismo, trago para este espaço, um pouco do meu 3º romance, "NÃO ME ACORDES AMANHÃ", já em revisão final, como prova de reconhecimento às suas grandes qualidades de homem.



Mas e a Idade Moderna quando se iniciou Helena, perguntava eu.
Os historiadores, disse Helena, referem o início da Idade Moderna, situando-a, ora em 1453, ano da queda do Império Romano do Oriente com a tomada de Constantinopla pelos Turcos, ora em 1498, ano da chegada de Vasco da Gama à Índia.
Estas conversas tinham um óptimo sabor, e eram ao mesmo tempo proveitosas, pois melhoravam os nossos conhecimentos gerais, alguns deles já um pouco esquecidos. Quando se ama ou se gosta de outra pessoa, arranjam-se ideias e conseguimos funcionar com entusiasmo e querer. Não havia tempos mortos entre nós e a História, a Filosofia e a Literatura, ajudavam-nos a ultrapassar todas estas dificuldades.
Mas Helena, perguntei eu, esse movimento do Renascimento não deu origem a grandes transformações sócio económicas promovendo o desenvolvimento científico?
E Helena dizia:- os séculos XV-XVI são caracterizados por grandes modificações urbanas e industriais, com o desaparecimento do regime feudal característico da Idade Média, decorrendo delas grandes modificações económicas e sociais. Os intelectuais desse tempo são admiradores da cultura clássica e dos valores humanos. São considerados os humanistas.
E o que é que fizeram de especial?
Tinham bons conhecimentos do latim e do grego, disse Helena. Estudaram cuidadosamente os autores antigos, como Platão, Aristóteles e Cícero. No entanto, o humanismo renascentista foi mais do que o ressurgir das letras greco-latinas. Os humanistas tinham um novo conceito da vida e do mundo, diferente daquele conceito que predominava na Idade Média, visto que desenvolveram um apurado espírito crítico, particularmente no que diz respeito aos problemas da sociedade.
Mas criticavam a sociedade? ... e em que termos?
No Elogio da Loucura publicado em 1511, Erasmo de Roterdão o mais célebre dos humanistas, criticava a sociedade nestes termos:-“os negociantes mentem, roubam, defraudam, enganam e consideram-se pessoas muito importantes porque andam com os dedos cheios de anéis de ouro. Os reis e os príncipes não escutam senão os que lhes dizem coisas agradáveis. Os cortesãos são pessoas do mais rasteiro, mais servil e do mais hipócrita. Dormem até ao meio dia e mal acabado o almoço logo os chamam para o jantar. depois são os dados, o xadrez, os torneios, os adivinhos, os bobos, as amantes, os divertimentos, as chalaças... e deste modo, sem receio do tédio da vida, passam as horas, os dias, os meses, os anos, os séculos.”...
E quem foram os outros grande humanistas desse tempo, perguntei
E Helena, disse:- o Humanismo italiano foi extraordinariamente fecundo. Um dos seus mais notáveis representantes foi Maquiavel, autor do primeiro tratado de ciência política moderno, O Príncipe. O humanista inglês Thomas More, no seu livro Utopia, imagina uma sociedade ideal mas que constituiu algo de irrealizável mas por que se anseia.


Texto de
JBS