domingo, 22 de agosto de 2010



701

Antigamente, se não estou em erro, para acabar com o “analfabetismo”, criavam-se escolas primárias em lugares quase inacessíveis em que os professores, ali colocados tinham, no Inverno, que subir a pé encostas, atravessar ribeiros para dar as aulas nesses lugares a 2, 3 e poucos mais alunos, onde os carros não chegavam. Ouvi contar de alguém que os pais dos alunos iam buscar a professora ali colocada à paragem da camioneta ou do comboio, para a transportarem de burro, porque, a distância era grande.
Hoje, fecham-se 701 escolas com frequência de 21 alunos, para os “mandar” para outras distantes das suas residências.
- Será que o ME, com esta solução, quer melhorar a qualidade do ensino, fechando escolas que, pelo que ouvi, estão bem preparadas e equipadas? Ou
- Será que o ME quer abater o número de professores existentes? Ou
- Será que o ME, com esta solução, quer voltar ao “analfabetismo? Ou
- Será que o ME, com esta solução, irá diminuir o “insucesso escolar”?
Se um aluno sai da sua casa manhã muito cedo e regressa tarde e cansado, que tempo e vontade lhe resta para estudar as suas lições?
Vi na TV, em noticiário, a entidade máxima da educação que temos, “Alçar” a palavra dizendo que tudo foi falado e acordado com as respectivas Câmaras Municipais(?) e acrescentar que a grande maioria das pessoas aceita e concorda com esta situação, mas… e há sempre um mas; na TV-SIC-notícias assisti ao programa que deu ao público a palavra para dizerem se “concordam com o encerramento de 701 escolas no país?” (E aqui veio-me à lembrança que o Costeleta Diogo Sousa, telefonando de Washington, deu a sua opinião sobre a eleição de um candidato a PR, num destes programas, gostei de o ouvir). E gostei de ouvir as verdades neste programa.
No final do programa a locutora apresentava o seguinte quadro:
- A favor do encerramento….. 15%;
- Contra o encerramento……. 85%.
Parece-me ser sintomático comparado com o que a responsável pela educação afirmou.
Já ouvi alguém dizer “o saber não ocupa lugar”; poderei contrapor “por isso deve-se acabar com 701 lugares de escolas”. Mandam-se os alunos para longe. Por quanto tempo eles e os pais vão aguentar?
Há quem goste de debates. Parece-me um bom tema, já que todos os Costeletas foram alunos e alguns dos que vinham dos meios rurais, poderão ter algo para recordar e contar. E alguns Costeletas foram professores primários nesses meios. Será que defendem os 15 ou os 85%?
Alfredo Mingau
PONTO DE ENCONTRO

Estimados Ex-companheiros da Escola Industrial e Comercial de Faro (hoje "creio") Escola Tomás Cabreira

Entre outros ando buscando a Victor Faustino Carromba, Menino Jesus, José Mendonça Barra, José de Horta. Como vêem sou já velho vivo em Venezuela e nesta altura da vida a gente começa a recordar-se do passado e me vem a memoria muita gente. Estou fora de Pais há 50 anos, já quase não sei falar nem escrever Português por o que peço desculpa.
Agradecia que me dessem o email desta gente para ver se me comunico com eles. O meu nome e Luís Duarte de Sousa, tenho 71 anos sou de Tavira, e estudei o Curso de Montadores Electricista.
Se querem mais uma costeleta me ofereço.

Um Abraço Para todos

1/2 costeleta

Luís de Sousa