quinta-feira, 14 de outubro de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO

Retalhos de memórias

Será que recordar erros do passado é falar de politica?
Hoje,em qualquer canal ou estação de radio dos que tenho acesso,só se fala do orçamento do estado. Nada de mal nisso. É saudavel. O que me preocupa são as memórias de um passado ainda recente ou nem tanto onde me ocorre a má governação e, passo a explicar a minha revolta ou descontentamento. Aproveito para dar uma “achega” ao comentario do nosso amigo Jorge Tavares onde dizia que, e cito, “respeita muito os homens que nos governaram”!.... Eu tambem. Mas pergunto, governar só chega se não fôr governar bem?
Ora,em meados dos anos oitenta, seguindo as nacionalizações,aconteceu o desbaratar, o desgovernar e dou um exemplo que muitos devem recordar especialmente o José Elias homem ligado ao sector que me vou referir.
Um dia fiquei surpreendido, em letras garrafais aparecia no Correio da Manhã, na primeira página a noticia:-“O navio Funchal rendeu aos cofres do Estado vinte mil contos”. E o articulista descrevia o rentoso negocio que os senhores no poder haviam efectuado. Tambem ele de certeza um ignorante na matéria para não dizer conivente no crime económico cometido.
O Navio havia sido pertença da Companhia insulana de Navegação e tinha sido confiscado (à falta de melhor termo) à famÍlia Bensaude. Não imagino quanto haviam pago por ele os verdadeiros proprietários, era um navio luxuoso que fazia as ligações entre a Madeira,Açores e o Continente mas, uma coisa tenho a certeza,vinte mil contos não pagariam sequer de certeza o VEIO DA HÉLICE !...Será isto governar bem?
O mesmo aconteceu ao “VERA CRUZ” que a última vez que o vi foi há quatro anos ancorado em Hong Kong e usado como casino flutuante.
Todos estes negócios rúinosos foram efectuados por senhores que hoje se crêm “pais da Pátria” e nos dão conselhos com falinhas mansas sobre o orçamento.
Governar mal é crime de lesa Pátria digam ou pensem o que quizerem.
Se fôr publicado deixo um abraço para todos.
Diogo



Data: Faro, 14-10-2010

De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
"Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

NOTÍCIAS DO ELOS CLUBE DE FARO
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"ALMA ALGARVIA" DE MARIA JOSÉ FRAQUEZA RECEBIDA NA
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SILVES

Neste encontro entre as bibliotecas dos municípios algarvios e o Alma Algarvia" e suas gentes, Silves recebeu (e bem) mais uma apresentação do livro de Maria José Fraqueza. A apresentação introduzida pelo Dr. Paulo Pires (Biblioteca Municipal de Silves) evocou a autora e o seu trabalho e celebrou o Algarve, a sua cultura tradições e ressaltou a importância de manter vivo o testemunho das nossas raízes. E em jeito de homenagem à autora e aos presentes, em acordeão, tocou "Ó Gente da Minha Terra", uma interpretação magnífica que emocionou quantos sentem e amam a sua terra.

As "Pragas" tiveram o seu momento alto e espontâneamente, de entre os presentes surgiram novas pragas. Momentos de cumplicidade que este livro tem permitido ao longo das suas apresentações, trazendo à lembrança memórias colectivas, que o tempo não pode nem deve esquecer.

Presente a poetisa Glória Marreiros que homenageou a autora, Maria José Fraqueza, através da leitura de um seu soneto "O meu baú".

À Biblioteca de Silves e ao Município de Silves o nosso muito obrigado
pelos bons momentos partilhados.

(fotografias em anexo)

Faro, 12 de Outubro de 2010

A Direcção do Elos Clube de Faro
Conceição Jardim
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Técnicas de Saúde
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Junta de Freguesia da Sé - Faro
Delegação da Penha
Rua Jornal "O Algarve" nº 39 8005-243 Faro
Tel: 289 803 416
Fax: 289 803 417
www.jf-se.pt
NÃO TENHAS PRESSA
MAS NÃO PERCAS TEMPO.
Por João Brito Sousa



Acho que é uma realidade. A pressa não nos deixa raciocinar e pode trazer-nos problemas sérios. É evidente que numa situação delicada eu tenho de tomar uma decisão tão rápida quanto possível, mas acertada. E o problema está aqui, nessa questão de não perder tempo, porque a margem de decisão é pequena e tenho que decidir acertadamente.
Afinal quais são as ferramentas que devo dispor para resolver a situação a contento. Estamos sós: eu e o problema a resolver. E é urgente resolvê-lo. Há um minuto atrás era tarde.

Afinal como é?

Sabemos que a pressa e o raciocínio não se dão bem, são mesmo incompatíveis, o povo até costuma dizer: depressa e bem não há quem. Mas não te demores... diz a frase. De qualquer maneira é de salientar que quem tem pressa de fazer alguma coisa é porque entendeu que não a deve demorar.

Os discursos mais claros não podem ser feitos de termos obscuros porque assim não seriam claros diz Paul Valery. Efectivamente os discursos sociais, políticos /económicos e outros, devem ser escritos em termos claros, para não se perder tempo.

A frase é de Saramago e não sei se era isto que ele quereria dizer.

A decisão tem que ser tomada conscientemente dentro da disponibilidade de tempo existente. Não serve de nada correr; O importante é partir no momento próprio. Baseando-se na experiência. Quando nós começamos não sabemos nada. Aprendemos com as experiências e sobretudo com os erros.

A pressa gera o erro em todas as coisas. A rapidez é uma virtude que gera um vício que é a pressa.

É preciso ponderar.

Penso eu

jbritosousa@sapo.pt
GRÁCIAS A LA VIDA

Bom Dia:

Hoje o meu coração está inquieto e ansioso, a ponto de me dar a sensação de querer sair do seu refúgio natural.
Sei que essa excitação ainda vai durar umas longas horas.
As que faltam para que o último mineiro chileno regresse à face da terra.
Esse momento libertador, será também para mim e para o meu coração, um verdadeiro e sentido momento de Louvor e Acção de Graças à Vida, a Deus e ao Verdadeiro Homem, solidário e não egoísta, ou simplesmente materialista, animalesco e mesquinho.
Caríssimos mineiros chilenos:
Andei anos sobre as ondas do mar Alto.
(Senhor!, Teu mar é tão grande e o meu barco tão pequeno!...).
Trabalhei nas profundezas dos tanques de petroleiros, cujas portas de homem tinham a amplitude da cápsula que vos está trazendo de novo à vida.
Vesti o vosso fato, calcei as vossas botas e luvas.
Também respirei poeiras, gases e fumos.
Suportei solidões, ausências e saudades como vós.
Contei as horas e os dias, e aprendi o conforto da esperança.
Mas eu fi-lo voluntáriamente, para fugir ao cheiro da pólvora, da injustiça e da ignomínia.

Nunca teria a veleidade de comparar a minha experiência profissional ,ao vosso sacrifício para colocar sobre a mesa o pão dos vossos filhos.
Nem alguma vez sofri a provação de um acidente .
Quero sim, dizer-vos que estou à altura de avaliar com imenso respeito e admiração, a vossa enorme coragem e serenidade.

O mundo hoje está suspenso e profundamente solidário com o sucesso do vosso resgate e retorno ao calor dos vossos ente queridos.

Bienvenidos.

Quando o último mineiro de S.José de Atacama estiver entre nós, eu, e muitos chilenos haveremos de entoar a balada tão querida do povo, que a vossa malograda Violeta Parra parece ter criado para este feliz momento:

Grácias a la vida, que me há dado tanto...


J.Elias Moreno
Almada:13/Outubro/2010