Será que recordar erros do passado é falar de politica?
Hoje,em qualquer canal ou estação de radio dos que tenho acesso,só se fala do orçamento do estado. Nada de mal nisso. É saudavel. O que me preocupa são as memórias de um passado ainda recente ou nem tanto onde me ocorre a má governação e, passo a explicar a minha revolta ou descontentamento. Aproveito para dar uma “achega” ao comentario do nosso amigo Jorge Tavares onde dizia que, e cito, “respeita muito os homens que nos governaram”!.... Eu tambem. Mas pergunto, governar só chega se não fôr governar bem?
Ora,em meados dos anos oitenta, seguindo as nacionalizações,aconteceu o desbaratar, o desgovernar e dou um exemplo que muitos devem recordar especialmente o José Elias homem ligado ao sector que me vou referir.
Um dia fiquei surpreendido, em letras garrafais aparecia no Correio da Manhã, na primeira página a noticia:-“O navio Funchal rendeu aos cofres do Estado vinte mil contos”. E o articulista descrevia o rentoso negocio que os senhores no poder haviam efectuado. Tambem ele de certeza um ignorante na matéria para não dizer conivente no crime económico cometido.
O Navio havia sido pertença da Companhia insulana de Navegação e tinha sido confiscado (à falta de melhor termo) à famÍlia Bensaude. Não imagino quanto haviam pago por ele os verdadeiros proprietários, era um navio luxuoso que fazia as ligações entre a Madeira,Açores e o Continente mas, uma coisa tenho a certeza,vinte mil contos não pagariam sequer de certeza o VEIO DA HÉLICE !...Será isto governar bem?
O mesmo aconteceu ao “VERA CRUZ” que a última vez que o vi foi há quatro anos ancorado em Hong Kong e usado como casino flutuante.
Todos estes negócios rúinosos foram efectuados por senhores que hoje se crêm “pais da Pátria” e nos dão conselhos com falinhas mansas sobre o orçamento.
Governar mal é crime de lesa Pátria digam ou pensem o que quizerem.
Se fôr publicado deixo um abraço para todos.
Diogo