quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO



ARROZ DE LONGUEIRÃO

Prato tipicamente Algarvio

O longueirão, também designado por lingueirão e vulgarmente conhecido por “cabos de navalha”.
Numa crónica anterior “Maré viva”, o Costeleta Alfredo Mingau referia-se a este bivalve e, em comentário, fazia a sua explicação a ele.
O Costeleta Brito de Sousa, na sua crónica “Uma Crónica Por Semana”, “convidava” todos os Costeletas a participarem neste Blog. Gostei de ler! E aqui coloco o meu contributo.

O LONGUEIRÃO – Lingueirão – Cabos de Navalha

A habilidade de escavação deste bivalve

Embora pareça não ter força suficiente para cavar na areia, ele consegue escavar na areia compacta, com incrível velocidade. Qual é o segredo?
O longueirão movimenta o pé ao enfia-lo na areia, criando uma pequena câmara que se enche rapidamente de água e areia. Daí ele mexe o corpo para cima e para baixo enquanto abre e fecha a sua concha. Este trabalho produz uma mistura diluída pela qual ele pode escavar com facilidade. Consegue escavar cerca de 70 cm. A uma velocidade de 1 centímetro por segundo. Uma vez enterrado, é difícil paxa-lo para fora. A força necessária para o remover comparada com a força que ele usa para se enterrar é dex vezes mais eficaz do que a da melhor âncora feita pelo homem.
Engenheiros estudaram o longueirão para desenvolver o que eles chamam de a primeira àncora inteligente”. A âncora abre e fecha e se move para cima e para baixo, como um longueirão de verdade. Este protótipo de àncora “inteligente” imita a técnica de escavação do longueirão.
Será que a habilidade de escavação do longueirão surgiu por acaso, ou teve um projecto?
As formas de o apanhar foram explicadas pelo Alfredo Mingau.
Mas, o que é de facto uma realidade, é que o arroz de longueirão, da cozinha Algarvia, é uma delícia. E os turistas gostam.

Por: Montinho
Costeleta de 1941/1945