sábado, 30 de abril de 2011



DESEJO

Esta manhã senti desejo de fazer como o João Brito de Sousa, sair de casa e sentar-me no café da esquina, tomar uma bebida e, em vez de ler o jornal como ele faz, escrever qualquer coisinha no meu “caderno” para depois enviar para o blogue. O desejo convidava-me a escrever mas faltava-me a inspiração…
Folheei o caderno e deparei com uma crónica que escrevera já lá vão alguns meses. Reli e achei que o “escrito” se adaptava ao presente e pensei: “ e porque não?”. E resolvi enviar para publicação (se acharem que sim) esta 2ª via da minha crónica.


“A SEGUNDA LINHA

Os comentários (?) ao meu artigo “Sardinha Assada” e o “artigo de António Encarnação “, colaborador com uma escrita bem estruturada, que eu, e muitos outros apreciam, foram preponderantes para que escrevesse este artigo, mas adiantando desculpas aos que sentirem que algumas verdades sejam acutilantes ao acanhamento de se manifestarem escrevendo.
E, se sentirem receio de não serem bem recebidas as vossas prosas, façam como eu “utilizei um pseudónimo” e, como não me conhecem, não sinto acanhamento com qualquer critica destrutiva.
São merecedores de registo e análise, aqueles “ocupantes da segunda linha”, que gostam de ler e apreciar o que aqui se publica com simpatia discreta e por vezes com a cívica missão de comentar.
Se nenhuma topologia foi estabelecida para se enquadrarem e colaborarem nesta área sociológica pertinente, do nosso Blogue, não vemos razão que justifique a sua não presença, ou melancólica preguiça para não colaborarem na 1ª linha, escrevendo “qualquer coisinha”. Não há, não acredito que não tenham uma pequena história lá guardada, como recordação, no “Baú de Memórias”.
Somos descendentes da soturna clientela de alunos dos anos 40/50, emoldurados ou com ornamentos burocráticos da época de Salazar, em que a notoriedade era o uso da gravatinha, do fatinho cinzento ou azul escuro, não faltando o colete, em que nos tornámos insubstituíveis, porque, como “Costeletas” somos glórias nacionais.
Procedentes de diversificada origem, a todos estes figurantes unifica um objectivo comum, o de beneficiar dos “faróis” da comunicação de massas que os ratifique no direito e desejo de recordar, porque, recordar é viver!
Será que os que aqui colaboram escrevendo, com gosto, e recordando “aquele tempo”, esperando que outros os sigam, não terão aquele desabafo à algarvia, “tanta estafa para que os gajos nem sequer escrevam qualquer m…. para eu recordar?”.
Poderá constituir pura excepção que apenas confirma a regra a que nos andamos atendo.
Qualquer actor declara com orgulho “nasci no palco!”; Todos os Costeletas dirão “nasci na escola!”.
Lastimo que não exista mais alguns Costeletas que possam dizer “nasci no texto”, até porque alguns da “primeirs Linha” já passaram para a “Segunda Linha”, o que dá pena…
Acho que todos poderão enviar as suas histórias. Estou convencido que os escritores deste Blogue se encarregarão de a colocar em prosa. Eu também alinho, dentro das minhas fracas possibilidades de escritor.
Será que a vida é trabalhosa?
Que minudências contem?
Venham! E para outros… deixo o recado: “regressem à Primeira Linha”

Alfredo Mingau”

PS-E foi assim. O último parágrafo já está um pouco ultrapassado quanto ao “regresso”. Eu já cá estou. Espero que o Montinho não se afaste. E venham outros. Um abraço para todos.
AM.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

QUANDO ALGUÉM PARTE



Boa Noite

Tive conhecimento, que se realizou hoje, o funeral do Fernando Guerreiro de Brito, Costeleta do meu tempo de Escola.
Com não vi qualquer referência no Blog, venho alertar para o sucedido.

Com Cumprimentos

Victor Venâncio Jesus


É preciso que se saiba

"... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro

mas os nossos gestores recebem, em média:

- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)

E são estas "inteligências" (?????) que chamam a nossa atenção afirmando:

"os portugueses gastam acima das suas possibilidades".

Enviado por Jorge Tavares
Colocado por Rogério Coelho
AO ACASO


Os dias, sucedem-se e a vida vai-se fazendo e outras vezes não se faz. Importa isso? Talvez sim talvez não… É bom viver, andar or ai. Pensar, reflectir, é bom, Ou contemplar uma gaivota, ou recordar uma canção do Zeca Afonso, venham mais cinco ou o papuça, adoro o papuça “Olha enfia a carapuça, mas não compres o velho fato de ananás, o estilo não se empresta e nada tem sentido, a tua falta, meu papuça …
ou o My way do Moreno.

Trabalho o dia inteiro à procura não sei de quê,. Li o Agostinho da Silva há dias e ele diz, quando a gente tem saúde pensa que é eterno. O Agostinho é lixado, foi ele que contou a historia do puto que quando vinha da escola dizia à mãe, zangado. Raça da Escola, nunca mais arde.

Há algo errado nisto.

O Diogo mandou-me um comentário engraçado. Aquele gajo está sempre a pau. Foi ele que me contou aquela cena com a D. Cândida nas oficinas quando chegou o torno novo.

Política e futebol na TV o dia inteiro. O futebol, ciência que educa, podem crer. A melhor linha atacante do mundo foi a da selecção da Argentina de 1946, com, Munoz, Moreno, Pedernera, Labruna e Lostau.

Faltam vinte minutos. Vou mandar ao mano.

Ab.

JBS

quinta-feira, 28 de abril de 2011

DESTAQUES DO JORNAL CARTEIA
PARA O BLOGUE COSTELETA

NOTÍCIAS REGIONAIS


700 metros sempre a descer
27-04-2011
A Descida de São Faustino - Alfontes, em Boliqueime, volta a ser, pelo segundo ano consecutivo, o palco de mais uma corrida de carrinhos de rolamentos em que a criatividade dos participantes aliada à velocidade prometem uma animada tarde de espectáculo. As inscrições ainda estão abertas, mas são limitadas.
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Mapacorpo assinala Dia Mundial da Dança em Loulé
27-04-2011
No dia 29 de Abril, pelas 21h30, o Cine-Teatro Louletano vai assinalar o Dia Mundial da Dança, com um espectáculo de dança contemporânea.
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Concurso incentiva fotografia nas praias de Albufeira
27-04-2011
O Município encontra-se a realizar um concurso de fotografia destinado a toda a população. O desafio consiste em recolher a melhor imagem de uma das praias de Albufeira.
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Monchique: 8 detidos em operação policial
27-04-2011
O Destacamento Territorial da Guarda Nacional Republicana de Portimão desencadeou uma operação de fiscalização rodoviária nos principais acessos ao evento musical de música Trance realizado na Quinta Larachique, Laranjeiras , Concelho de Monchique, na passada segunda-feira, 25 de Abril. Oito pessoas foram detidas.
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Ana Cabecinha participa em Milão
27-04-2011
A marchadora Ana Cabecinha do Clube Oriental de Pechão, participa no próximo dia 1 de Maio, no GP Sesto San Giovanni (Milão), prova integrada no Circuito da Associação Europeia de Atletismo (EAA) de do Challenge Mundial de Marcha (IAAF).
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Loulé Restaurant Week arranca sexta-feira
26-04-2011
É já na próxima sexta-! feira, d ia 29 de Abril, que arranca a segunda edição da "Loulé Restaurant Week" by "Sabor do Ano". Esta iniciativa, que decorre até 8 de Maio, integra um conceito inovador que vai encher o Concelho de sabores.
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Descobrir Portimão pela objectiva
26-04-2011
A 11ª Corrida Fotográfica de Portimão, marcada para 14 de Maio, pretende promover um olhar actual e criativo sobre o município, o seu património cultural e natural, proporcionando simultaneamente o encontro entre os entusiastas e amigos da fotografia e associ! ando-se à Noite Europeia dos Museus, que se comemora nessa data.
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Faro recebe Internacional Street Meeting
26-04-2011
A Associação de Atletismo do Algarve organiza no próximo sábado, dia 30 de Abril, no Jardim junto ao Fórum Algarve, em Faro, uma demonstração de Salto com Vara de Rua com a presença do melhor atleta do Mundo da actualidade nesta disciplina, o atleta Francês Renaud Lavillenie.
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Músicos angariam fundos para Igreja Matriz de Portimão
26-04-2011
Estão marcados para 30 de Abril e 8 de Maio dois concertos de angariação de fundos para apoio às obras na Igreja Matriz de Portimão, num gesto altruísta da responsabilidade de músicos intervenientes, com o apoio da Câmara Municipal de Portimão.
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Loulé sensibiliza para a importância da segurança no trabalho
26-04-2011
No âmbito das comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho, na próxima quinta-feira, 28 de Abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a Câmara Municipal de Loulé promove um Seminário subordinado ao tema "A Importância da Segurança no Trabalho".
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Primeira obra do Polis Sudoeste vai arrancar na Arrifana
26-04-2011
Deverão arrancar no início de Maio as obras de re! posição das condições de ambiente natural na Arrifana, concelho de Aljezur, que constituem a primeira empreitada do Polis Litoral Sudoeste, programa de requalificação e valorização do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
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Quintas de Cultura percorrem o Algarve com conversas informais
26-04-2011
A Universidade do Algarve e a Direcção Regional de Cultura do Algarve vão promover um conjunto de conversas informais sobre a riqueza, a diversidade, os problemas e as oportunidades da criação cultural na região.
Ler Mais.! ..
INUAF assina protocolo com Exército Português
26-04-2011
O Instituto Superior Dom Afonso III (INUAF) assinou na passada quarta-feira, 27 de Abril, na Assembleia Municipal de Loulé, um protocolo com o Exército Português - Regimento de Infantaria N.º 1.

Colocação de Rogério Coelho
Agradecimentos ao Jornal Carteia


PARABÉNS A VOCÊ...
MAIO          ANIVERSÁRIOS DE ASSOCIADOS
01 - Maria Madalena Mendes Maia Ferreira; Maria Filipa de Brito Mariano Rodrigues Domingues. 02 - Júlio Bento Piloto; Eduardo José Pacheco Men-donça; Maria dos Remédios Basílio Mendes; Maria Teresa Guerreiro Gomes Rodrigues. 03 - José Augusto Piloto. 04 - António Joaquim Martins Molarinho. 05 - Máximo Cabrita Oliveira; Jorge Ascensão Mendonça Arrais. 07 – João Manuel Lisboa; Laura Correia Almeida Teixeira; Joaquim José Costa; José Coelho Jerónimo. 08 - Manuel Miguel Bordeira Casinha; Maria José Viegas Conceição Fraqueza; João Acácio Soares Correia. 9 - Maria do Carmo Vítor da Silva Gabadinho. 10 - Manuel Vital Fernandes Ferreira; Maria João Sousa Quintas; Vitaline Maria Estêvão Ferreira. 11 - Fernanda Maria Mendes Maia Cruz; Luisa Maria Correia Martins.  12 - Walton Coelho Contreiras. 14 – Prof. Américo José Nunes Costa; Rogério Sebastião Correia Neto; Maria Gertrudes da Assunção Gaspar. 16 - João Simão Jesus Sebastiana; João Nuno Correia Arroja Neves. 17 - Olga Maria Albino Oliveira Caronho; Orlando Augusto da Silva. 18 - Maria Ivete Jesus Costa Moreno; Víctor Venâncio Conceição Jesus; Noémia Maria Jacinto Fragata. 19 -José Francisco de Jesus Gabadinho; Reinaldo Santana Viegas. 20 -  Joaquim António Ramalho. 21 - António José Santos Pereira. 22 - Belmiro Afonso Soares; Isilda Maria Gonçal-ves Teixeira; António Manuel Lindo Macedo. 23 - Maria Elsa Santos Palmeirinha. 25 - Maria Ana Marcos Ramos Cunha; Madalena Gregório Jorge Guerreiro; Romana Maria Dores Grelha Melo. 26 - Maria Marta Viegas Mendonça Saias; José Cândido. 27 – Manuel Assis Guerreiro Ferro 28 - Fernando Germano Faleiro Drago. 31 - José António Oliveira; Romualdo Cavaco.

NOTA:- Desculpas para qualquer falha. Aguardo a lista actualizada.

Colocado por Rogério Coelho

quarta-feira, 27 de abril de 2011


GÉNIO, TALENTO e CELEBRIDADE

Por João Brito Sousa

Shakespeare caberá dentro deste título porque conseguiu tudo isso. Aconteceu a mais alguns, mas poucos. Génio e talento podem colocar pessoas que possuam tais atributos no caminho da celebridade. Para se chegar aqui, é preciso muito trabalho e, como dizia Leonardo da Vinci, tal mérito deverá ser reconhecido por individualidades que disponham de capacidades intelectuais suficientes e credíveis para tal.
A existência num ser humano, de vários elementos intelectuais (mais do que um) seria um bom ponto de partida para chegar à celebridade. Em minha opinião, génio e talento, quase se confundem, ou seja, não há génio sem talento e o talento poderá contribuir para o aparecimento do génio.
Génio será, digamos assim, uma especialidade da inteligência aplicada num determinado campo específico, onde as qualidades excepcionais de um indivíduo se colocam à disposição de resolução, com êxito, de determinada matéria.
Todavia, a maior parte das conquistas científicas que têm contribuído para a evolução da humanidade, têm por base a inteligência humana e situam-se no campo da investigação, podendo os resultados obtidos conduzir à celebridade È o caso de Christian Barnard, que foi o primeiro cirurgião a realizar um transplante de coração. Barnard foi um estudante extremamente dedicado na Escola de Medicina da Universidade do Cabo na África do Sul, no início da década de 1940. Esteve nos Estados Unidos, onde assistiu a um dos melhores cardiologistas da América, Walton Lilliehei tendo realizado na década de 1960 várias experiências com cães, até que outro cirurgião americano, Walter Shumway anunciou sua intenção de fazer um transplante do coração humano. Barnard adiantou-se e, em 3 de Dezembro de 1967, realizou a primeira operação do género. O paciente morreu em poucos dias, mas o do segundo transplante viveu 594 dias após a operação.
Com estes trabalhos, ganhou celebridade, não só pela novidade dos mesmos, mas também pelo grau de dificuldade que teve de enfrentar. E pela ousadia, pelo treino, pelo empenho, pelo rigor e disciplina colocados ao serviço duma causa nobre.
Um homem que pudesse ter em si próprio, em certo grau, génio, talento e inteligência, estaria preparado para produzir impacto no seu tempo pela sua inteligência, na sua época pelo seu talento e na generalidade dos futuros tempos e épocas pelo seu génio, diz Fernando Pessoa, ele próprio um génio.
Já agora, genial foi também a acordeonista Eugénia Lima, que tocava duas músicas diferentes ao mesmo tempo. Genial é o completo domínio das coisas. Mas é preciso ter talento. E grande.
A celebridade vem depois.

jbritosousa@sapo.pt

terça-feira, 26 de abril de 2011

O GERALDES

Por João Brito Sousa


Está na fotografia grande que o mano Roger publicou há dias e que envio em anexo. Parece-me ser o Julião que está na última fila, terceiro a contar da direita. De resto não conheci mais ninguém. Há assim umas caras conhecidas mas não dá para concretizar.


Mas vi o Geraldes e recordei-o com saudade.


Apesar de andar uns anos mais à fente, talvez com o Alberto Rocha, com o Jorge Tavares, com o Vitélio, com o Julião e com outros obviamente, o Geraldes, de quem ainda fui amigo, está nesssa foto na primeira fila de joelhos, com o seu soorriso de sempre.


Penso que todos gostavam dele. Era um rapaz muito comunicativo entre a rapaziada e junto das colegas tinha grande audiência. Tinha pinta. E tinha um espírito jovem, agradável, fresco e saudável.


Parecia.


Um dia passei pelo cemitério e ele lá estava. Fiquei triste com o contacto com essa realidade. E gritei-lhe, óh Geraldes. Não valeu a pena. Já não ouvia nada; estava do outro lado, que nos espera também a nos.


Mas o Geraldes era um belo amigo. Pelo sorriso que trazia sempre consigo. Usava óculos de aros finos, que lhe ficavam bem, parecia um actor de cinema. Era um senhor. Será que ainda é ?


Nada sabemos desse mundo. Mas… se houver alguma coisa, ai vai um abraço. Com amizade sincera.


O Geraldes era grande amigo do Bartolomeu Caetano das Neves, cunhado do Danilo, de Pechão.


O


JOSÉ CLERIGO DO PASSO


Faleceu.


E do tempo dos Zmabujal, Franklin, Ze António, Bica e Valério (acordeonistas) Molarinhos e….


Penso que o João Leal deverá saber disso. Foi professor primário e funcionário do BNU.


Paz à sua alma. Convivi bastante com o Passo em Almada, onde resdia, depois da Fuzeta.


Um abraço para o Alfredo Mingau também.


E para todos os costeletas do
JBS




VISÃO!

A mulher e a menina estão cobertas por uma manta e dormem a sesta na mesma cama.
O homem, no limiar da porta do quarto, olha-as, como se as visse pela primeira vez.
É tão grande a parecença entre elas que o homem sente-se excluído, habitante de um país diferente de­las. Elas que estão num mesmo ovo: branco.
O mesmo cabelo ondulado e a mesma fronte: “quando a menina crescer, terá as mesmas rugas da mãe”, pensa.
O homem tenta lembrar-se da cor dos olhos de ambas, mas resulta-lhe impossível. Vê uma só cor, indiferenciada, que coloca sobre a almofada, como numa paleta, e sabe que não é esse o azul de que estava à procura.
Os dedos longos da menina são uma antecipação dos dedos da mulher. E, agora que as mãos estão adormecidas, o homem não se lembra do que é que a mulher faz com essas mãos, como as move, como as pousa sobre a mesa, como utilizam o garfo e a faca. Sobretudo, o homem não se lembra do que essas mãos fazem sobre ele, e sente um repentino vazio no seu corpo: a sua sensibilidade esvaziada.
Volta às mãos da menina e pergunta-se pelo co­nhecimento que a menina recebe delas, como será o tacto da menina, o que pode sentir com as suas mãos.
Se a visão não se agudizar com o tempo, nem o ouvido, nem o olfacto ... nem o tacto, sim, amplia-se o armazém onde guarda as sensações que estes ór­gãos nos proporcionam.
O homem pensa que gostaria de ter a chave do armazém onde a menina guarda as recordações das suas mãos.
A mulher e a menina dormem aprazivel­mente e o homem pensa nos sonhos de am­bas.
A mulher rodeia a menina com um braço e o homem pergunta-se se a proximidade deste lado o será também do outro, do lado do sonho, ou se será distância.
O homem gostaria de que a mulher e a menina continuassem abraçadas no lado dos sonhos, mas como o pedir? Nem sequer sabe se a mulher estará presente no sonho da menina. Quanto ao sonho da mãe... , talvez a mulher habite em sonhos esse espaço do qual lhe fala, ausen­te deste lado, tantas vezes.
A possibilidade de que talvez ele esteja presente em a1gum desses sonhos e a impossibilidade de o sa­ber perturbam o homem, até ao ponto de sentir um desejo infinito de as acordar. A inveja fá-lo tremer.
É então que sente esse cheiro que lhe sobe do ventre e do peito, e o calor, que sai dele, nas suas cos­tas.
o homem dá a volta e avança pelo cor­redor, procurando. Cruza o salão da casa e assoma-se à janela.
Os salmos, da igreja, do outro lado do rio ressoam ao longe e elevam-se pelo ar, mal roçando esse banho intranquilo da húmida purificação.
Abre a janela.
E fica olhando e ouvindo a música, esse som encandeado, do chilrear dos pássaros, que se combina com o marulhar da água do rio a correr.
E pensa nelas, na mulher e na menina, uma visão de sensações que guarda no pensamento...

Alfredo Mingau
OBS. Um conto para pôr água na fervura da "crise", dedicado a Brito de Sousa e Jorge Tavares de quem aprecio as suas publicações neste Blog..
COMENTÁRIO AO MESMO TEXTO
RETIRADO DO BLOGUE
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA.


Por julgar ser interessante comparar ideias, aí vai.

"Os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes (...)"

Isto acontece um pouco porque não há brio em ser político. Já existe há muito tempo uma imagem generalizada de que o político é mentiroso e corrupto. É encorajado a mentir para ganhar votos, e não é punido quando o faz. Não há honra em ser político.

É curioso que a classe que tem a maior das responsabilidades - que é governar - é a menos respeitada na sociedade. Há, portanto, uma tendência para os mais competentes se estabelecerem e singrarem noutras áreas, onde há real prestigio, enquanto os mais medíocres se acumulam em grupos (vulgo partidos) e "esperam a sua vez" pelo controlo da nação. É certo que há excepções...

"(...) não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos."

Se a democracia pré-fabricada não ganha força, é porque já não se adapta às vontades e necessidades da sociedade, e portanto um novo paradigma democrático é necessário.

"(...) a ignorância de uma população deixada ao abandono (...) não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país."

Falta a iniciativa. Falta vontade de mudar para melhor. As pessoas não se querem chatear muito. Se a senhora na televisão diz que é assim, é porque deve ser assim. Felizmente que este fenómeno tem tendência para diminuir, graças à internet.

Veja-se o caso dos islandeses que se reuniram todos os dias à porta da assembleia, mandaram o governo abaixo e elegeram uma nova assembleia independente. Eles não foram na cantiga de pagar pelos erros do sistema bancário.

Aqui está um homem lúcido. Desde a corrupção inerente ao sistema partidário, ao peso excessivo das forças armadas no orçamento, à falta de imparcialidade dos media, à falta de discernimento e proactividade na sociedade, este senhor acertou em tudo. Os últimos dois parágrafos são perfeitos.

Num à parte, fico impressionado como é que alguém de fora de Portugal pode ter uma imagem tão nítida (mesmo para um cidadão informado) sobre o estado do nosso país.

21 de Abril de 2011 10:14

Recolha de
JBS

Nota:- por achar que era um tanto extenso, como comentário ao texto de Jaques Amaury, publico em post. (Recebido hoje - 26/4 - às 1045)
RC.

domingo, 24 de abril de 2011



A CRISE

Por João Brito Sousa


Em Correspondência de Fradique Mendes de 1891, Eça de Queiroz refere que "Portugal está a atravesssar a pior crise" . E pergunta. Que fazer? Que esperar?

E responde:

Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.

Eu penso que o nosso mal está aqui.

JBS

sábado, 23 de abril de 2011


Para a frente!

O mundo ralha,
Tenha ou não tenha razão,
Lá diz o rifão;
A maior parte é palha!
Mas adiante,
Vamos avante!
Por quê ninguém se entende?
Custa assim tanto?
Por quê todos originais,
Querem ser?
Por quê todos sumidades,
Se pensam?
Mesmo que ninguém convençam?
Os outros que deles discordam,
Não sabem raciocinar,
Não sabem pensar,
A pura verdade vislumbrar;
A pólvora descobrem cada dia.
(embora há muito descoberta).
A estes é preciso estar alerta,
Pois suas críticas são vazias.
Que têm no seu activo?
Além do mal dizer?
O mundo com eles avança?
Não, assim é só cagança!
Não, o mundo assim pára ou recua!
Que lhes havemos de fazer?
Tenhamos pois tolerância!
Tenhamos pois compreensão!
Dado falar a pura ignorância!
Esclarecê-los é mister!
E fazer-lhes compreender,
Quão ignorantes todos somos;
Mas, se isto é verdade,
Porquê não usar de simplicidade?
Porquê não exaltar os que valem?
E estimular os que querem fazer?
Julgo – assim deverá ser!


anuel Inocêncio da Costa
OPINIÃO DE JAQUES AMAURY
Sobre a "crise portuguesa"
Sociólogo e Filosofo Francês

Este conhecido sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre “A crise Portuguesa”, onde elenca alguns caminhos, tendentes a soluciona – la.
“Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem – se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições publico - privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando – se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram – se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré – fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem lenta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.

Fialho

sexta-feira, 22 de abril de 2011


Se o coelho não bota ovos, por que ele é o símbolo da Páscoa?

Segundo a lenda, uma mulher teria pintado e escondido alguns ovos para que os filhos procurassem num domingo de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um coelho passou correndo por elas.
Os meninos imaginaram que o animal trouxera o presente. No antigo Egito, o coelho era o símbolo da fertilidade. Mas por que presentear com ovos?
O ovo significa renascimento e ressurreição. Simão, o cireneu que ajudou Cristo a carregar a cruz até o Calvário, era vendedor de ovos. Depois da crucificação os ovos teriam ficado coloridos.

Símbolos de Páscoa
O coelho, o ovo e o chocolate em sua origem não são símbolos cristãos e, em contexto religioso, representam conceitos complexos demais para o entendimento infantil.

Coelho
Freqüentemente igualado à lebre, é um símbolo lunar porque dorme durante o dia e fica acordado à noite e por ser muito fértil.
Nos contos de fada e nas lendas de muitos povos, a própria lua é, por isso, um coelho, ou então, indicam-se simbolicamente as manchas claras e escuras que há nelas como sendo coelhos.
Devido à sua fertilidade, eventualmente também por viver escondido em tocas, o coelho está estreitamente ligado a Terra, entendida como “Mãe”, sendo por isso um símbolo de constante renovação de vida.

Ovo
Por ser o germe da vida, o ovo é um símbolo muito difundido da fecundidade. Nas concepções místicas de muitas culturas encontra-se o “OVO CÓSMICO”, que na qualidade de símbolo da totalidade dos poderes criadores aparece nos primórdios freqüentemente boiando nas águas primordiais; dele nascem o mundo e todos os elementos ou, a princípio, somente o Céu e a Terra.
Na alquimia a gema foi geralmente interpretada como símbolo do ouro, e a clara como símbolo da prata. No cristianismo o ovo é considerado símbolo da “Ressurreição da Vida Nova”.

HISTÓRIA DO CHOCOLATE
O chocolate, produto natural das Américas, era conhecido e consumido como bebida por Astecas e Maias. O primeiro contato dos europeus com o chocolate foi através dos espanhóis, logo após o descobrimento. Cortez informou ao Rei Carlos I da Espanha sobre a existência da bebida amarga, que "aumenta a resistência e combate a fadiga". O primeiro embarque de chocolate para a Europa aconteceu em 1585. Inicialmente um luxo ao qual somente nobres europeus tinham acesso, o chocolate teve sua fama aumentada ao ser misturado ao açúcar. O cacau em pó surgiu em 1.828 e o chocolate em barra, como conhecemos hoje, data do final do século XIX, quando a ele foi acrescentado leite. Hoje o cacau é plantado em toda zona equatorial terrestre. Do Brasil a Indonésia, da África ao Havaí. O pé de cacau produz de 20 a 30 frutos e cada fruto cerca de 20 a 50 grãos. Os grãos depois de secos e torrados são moídos para a produção de chocolate
UMA FELIZ PÁSCOA PARA TODOS
Saudações Costeletas
António Encarnação
NOTÍCIAS  DO JORNAL CARTEIA
ENVIADAS PARA O BLOGUE
(Jornal Regional publicado em Quarteira)

21-04-2011
Adelino Gomes, um dos mais conceituados nomes da Comunicação Social, figura indissociável da Revolução de Abril, é o próximo orador do ciclo de conferências "Horizontes do Futuro". Nas vésperas de mais um aniversário do 25 de Abril, no dia 23, sábado, pelas 16h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o jornalista fará uma apresentação intitulada "25 de Abril: O Testemunho de um Repórter", recorrendo também a alguns meios audiovisuais da época.
André Fernandes sagra-se campeão nacional em Duplo Mini-Trampolim
21-04-2011
No passado fim-de-semana, 16 e 17 de Abril, tiveram lugar em Loulé os Campeonatos Nacionais de Duplo Mini-Trampolim e Tumbling, em que participaram cerca de 400 ginastas de todo o país. Na competição de Duplo Mini-Trampolim, André Fernandes foi o grande vencedor.
Português vence Portugal Poker Series
21-04-2011
O Casino de Vilamoura recebeu o Portugal Poker Series, entre os dias 13 e 17 de Abril, em que o grande vencedor foi o português José Passos, com um prémio de 27 mil euros. Participaram jogadores de vários pontos da Europa.
Comércio de Portimão abre portas nos feriados e no Domingo de Páscoa
21-04-2011
O comércio local de Portimão estará de portas abertas nos feriados de Sexta-feira Santa e do 25 de Abril, ao longo de todo o sábado, dia 23, e ainda no Domingo de Páscoa, visando melh! or receber os milhares de visitantes que são esperados no centro da cidade durante este período.
Animação de rua invade Albufeira
21-04-2011
Nestas mini férias da Páscoa, Albufeira tem preparado um conjunto de actividades para receber os milhares de turistas que visitam o concelho. Para além dos certames alusivos à quadra, a Avenida Sá Carneiro, na zona da Oura, vai ser palco de espectáculos de animação para toda a família.
Dois detidos por posse de estupefacientes
21-04-2011
O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Portimão com apoio de militares dos Postos de Aljezur, Monchique e Portimão, desencadeou ontem uma operação policial de combate ao tráfico de estupefacientes na zona do Loiro em Marmeleite - Concelho de Monchique.
Guia comemora Páscoa com prova do folar
21-04-2011
A freguesia da Guia volta a acolher uma tradição popular, que promove os valores da partilha e da confraternização. No Domingo de Ramos, centenas de pessoas são convidadas a degustar um folar gigante, em celebração das cerimónias da Páscoa.
Feira da Páscoa com toque medieval
21-04-2011
Durante quatro dias, a Av! enida da República (em frente à Sociedade Recreativa Olhanense! ) vai receber a Feira da Páscoa, que este ano tem um toque medieval. Saiba mais.
Folar e Azeite reinam em Loulé
20-04-2011
No seguimento da política de dinamização de um dos ex-líbris da cidade de Loulé, o Mercado Municipal de Loulé continua a apostar na realização de certames temáticos. Depois de uma Feira de Chocolate que decorreu em Fevereiro, é agora a vez de mais dois eventos: a Feira do Folar e a Feira do Azeite.
Patinador do Internacional do Algarve sagra-se tri-campeão
20-04-2011
David Pedro, patinador do Internacional do Algarve, conquistou três primeiros lugares no Campeonato Nacional de Patinagem de Velocidade, em Estarreja.
Che Lagoense ganha metade dos títulos nacionais em Eli! tes
20-04-2011
A ACD da Che Lagoense venceu metade dos títulos de Campeões Nacionais e cerca de oitenta por cento de vice-campeões, no Circuito Nacional de Badminton, na categoria de Elite.
O Sumo Certo , o Primeiro filme algarvio
20-04-2011
Em breve terão início as filmagens do primeiro filme algarvio. Um projecto ambicioso e original que promete levar a região às "bocas do mundo cinematográfico"
Alunos do INUAF aconselham exercício físico
20-04-2011
No âmbito da "Exposição da Saúde", organizada pelo grupo de Educação Física da Escola Secundária Laura Aires de Quarteira, os alunos finalistas de Educação Física e Desporto do Instituto Superior Dom Afonso III (INUAF) avaliaram mais de 70 pessoas da comunidade escolar.
Lar de Idosos em Almancil já abriu
19-04-2011
13 Médicos colombianos para o Algarve
19-04-2011
A Administração Regional de Saúde do Algarve, IP, contratou 13 médicos de nacionalidade colombiana, ao abrigo de um Protocolo estabelecido entre os Ministérios da saúde de Portugal e Colômbia, por um período de três anos, permitindo dar médico de família a mais de 22.000 pessoas.
Caritas de Boliqueime recebe donativos de associação cultural
19-04-2011
A Caritas de Boliqueime recebeu um donativo da Associação Cultural Colaboranisto, no passado dia 15 de Abril. Leite, arroz e massas foram os bens alimentares em destaque.

Colocação de RC. Os nossos agradecimentos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

BOA PASCOA

Por João Brito Sousa

. A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. É a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Portanto, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos.
Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.
A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e não o coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada.
A procissão de sexta feira Santa na cidade de Faro é um momento alto das férias da Pascoa, porque muitas centenas de pessoas que estão a residir ou a trabalhar fora da cidade regressam nesta altura para visitar amigos e familiares. A rua de Santo António enche-se e o jardim Manuel Bívar também.

E a procissão regista a solenidade habitual quando passa.

É bonito.


jbritosousa@sapo.pt

NOTÍCIAS DA NOSSA ESCOLA



A NOSSA ESCOLA DISTINGUIDA
No Concurso Nacional «Nós e a Europa» a Escola Secundária Tomás Cabreira foi distinguida com um prémio para a categoria multimédia do ensino secundário.
As nossas felicitações à nossa Escola, aos seus dedicados professores e ao nível demonstrado pelos jovens «costeletas», nossos continuadores.


RITA GEIRINHAS (JOVEM COSTELETA), EM DESTAQUE NA MARCHA ATLÉTICA
No decurso dos Campeonatos Nacionais de Marcha Atlética, disputados na Batalha a «costeleta» Rita Geirinhas, representando o Núcleo Desportivo da Escola Tomás Cabreira) alcançou, na categoria de infantis femininos, um honroso 2° lugar.
As nossas mais efusivas felicitações!

FILIPA FERRElRA (JOVEM COSTELETA) EM DESTAQUE
Foi no decurso dos Campeonatos de Atletismo de Portugal, em pista coberta, disputados na cidade do Pombal e que contaram com a participação de 62 equipas de todo o País, que a jovem «costeleta» Filipa Ferreira, representando o Núcleo Desportivo da Escola Tomás Cabreira, alcançou um meritório 8° ligar na prova de Marcha Atlética, cobrindo os 3 mil metros femininos no tempo de 15.40,62 minutos.
As nossas felicitações.

jOÃO lEAL

Colocação de RC.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

«VILA ADENTRO - O ESPÍRITO DO LUGAR»
UM LIVRO DA NOSSA ESCOLA

«Vila Adentro - o espírito do lugar», editado pela Escola Secundária Tomar Cabreira e outras entidades, entre as quais a Associação dos Antigos Alunos, que resulta do trabalho das Professores D. Rosa Trindade e D. Dulce Bulha, nos últimos 3 anos, com alunos do 11º e 12° anos da nossa Escola.
Esta obra, pela qual felicitamos a consciente e inovadora acção pedagógica daquelas Professoras, relaciona-se com a zona histórica da capital" Algarvia, que para nós, «Costeletas», se reveste de um significado especial e sempre emotivo, pois foi ali que nasceu e viveu, durante décadas, quer na Rua do Município como no Largo a Escola Tomas Cabreira.
Referem as Autoras deste livro «Vila Adentro - o espírito do lugar»: «Este livro permite, não só, conhecer a história e usufruir do espaço, mas também, sentir a própria essência e o espírito do lugar... ».
E como nós «costeletas, o sentimos...

João Leal

Nota: Um texto para relembrar. Um belo livro que os interessados poderão adquirir.
RC.

Abril

Abril és viva harmonia
Que envolve tempo que passa
Levado p' la fantasia
Como algo que esvoaça!
És a papoila vermelha
Que gira ao sabor do vento,
Sorrindo ao Sol que te espelha
Leve como o pensamento!
És Primavera de esp' rança,
A cantar hinos de amor,
Em quimeras de bonança
Rodeada de esplendor!
És a linda madrugada,
Que risonha se revela...
Em chilreios da passarada
No palco de uma aguarela
És Abril por excelência,
Liberdade em movimento
E à luz da transparência
Suavizas o alento!
És o despertar da vida,
A excelsa natureza,
Com a alma dividida
De inspiração bem sentida
À procura de firmeza!

Maria Romana


Colocação de RC.

Lenda do Folar da Páscoa

A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem. Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.

Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar.
Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina.
Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, os afilhados costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de baptismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.
Texto retirado da net, por

João Brito Sousa
Como prova de agradecimento, envio ao João Brito de Sousa e a D. Elizabete um folarsinho com desejos de Páscoa Feliz com saúde.
RC.

terça-feira, 19 de abril de 2011

UMA BELA PÁSCOA FELIZ
PARA TODOS OS COSTELETAS
COM DESEJOS QUE
SAIAM DA CASCA
E COLABOREM
COM O BLOGUE

RC
A FORÇA DA LIBERDADE!
Liberdade é algo belo,
É grandeza singular.
É a voz do pensamento,
Que, sem asas, vai voando,
Pelo espaço da harmonia
Sem qualquer impedimento.
É sentir em nossa essência
A magnitude da vida;
É um hino à tolerância
Neste Mundo em que vivemos;
É Natura despoluída
A sorrir, na perfeição;
É a magia de um sonho,
Em que a paz é realidade;
É trilhar novas vertentes,
Sem algemas, nem maldades...
É a luz de uma mudança
Que liberte o Mundo inteiro
E enalteça a Hulnanidade!

Maria Romana

Colocação de RC.


DOIS COSTELETAS LADO A LADO


A vida é assim e, não raro, a par das agruras do quotidiano, proporciona-nos momentos de fraterna alegria e de recordações indeléveis.
Na recente Gala promovida pelo Clube dos Jornalistas, presidido pelo «costeleta» Mário Zambujal, para entrega dos «Prémios Gazeta 2009», distinguindo jornalistas e jornais e patrocinado pelo «costeleta Aníbal Cavaco Silva (Presidente da República), ambos dedicados sócios da nossa Associação, lá os vimos os dois lado a lado, na mesa da presidência e soltou-nos cá bem dentro do peito o brado: «Ah, grande Escola Tomaz Cabreira, que tais «filhos» teve ... ».

João Leal

Colocação de RC.
Nota: Klicar na foto para aumentar

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A HISTÓRIA REPETE-SE

A história é antiga "Trocadas as descomposturas preliminares, sobre novo imposto.
Fazem-se empréstimos para suprir o imposto, criam-se impostos para pagar os empréstimos, tornam-se a fazer empréstimos para atalhar os desvios do imposto para o pagamento dos juros, e neste interessante círculo vicioso, mas ingénuo, o deficit, por uma estranha birra, admissível num ser teimoso, mas inexplicável num mero saldo negativo, em uma não-existência, aumenta sempre através das contribuições intermitentes com que se destinam a extingui-lo, já o empréstimo contraído, já o imposto cobrado.
Pela parte que lhe respeita, o país espera.O quê?
O momento em que pela boa razão de não haver mais coisa questão da fazenda, decide-se que é indispensável, ainda mais uma vez, recorrer ao crédito, e faz-se novo empréstimo.
No dia seguinte averigua-se, por cálculos cheios de engenho aritmético que para pagar os encargos do empréstimo do ano anterior não há outro remédio senão recorrer ainda mais uma vez ao país e cria-se um
que se colecte, porque está colectado tudo, deixe de haver quem empreste, por não haver mais quem pague..."
Ramalho Ortigão, in Farpas (1882)

Enviado por Maurício Domingues


OLHÃO HOMENAGEOU
O «COSTELETA» EDUARDO PIRES

A Câmara Municipal de Olhão e a associação ACASO prestaram significativa homenagem ao nosso veterano companheiro, o «costeleta» Eduardo da Conceição Pires, que nos anos 40 e 50 frequentou a Escola Tomás Cabreira (Curso Geral de comércio ¬Secções Preparatórias) e que foi, nas primeiras eleições autárquicas pós - 25 de Abril, realizadas em 1976, eleito o primeiro Presidente da Assembleia Municipal de Olhão, cargo que exerceu até Dezembro de 1979.
O seu honrado nome foi dado a uma artéria da Cidade Cubista e mais tarde decorreu uma sessão solene no auditório da Biblioteca Municipal.
Eduardo Pires, que tantas e tantas vezes envergou, como guarda-redes, lugar que ocupou também como júnior na equipa do Sporting Clube Olhanense, a camisola da nossa Escola, desenvolveu, para além da sua vida profissional, no estabelecimento próprio, funções várias em associações, clubes desportivos, etc.
Dele merecidamente se afirmou: “o seu trato afável, a sua honestidade, humildade e carácter granjearam-lhe estima, prestígio e consideração dos que com ele conviviam, mostrando sempre solidariedade e espirito de ajuda...”.
Parabéns de toda a malta, que se orgulha de ti, Eduardo, com um forte “alabi, alabá...”.

João Leal

Reproduzimos o "folheto" editado pela Câmara Municipal de Olhão, assinalando a efeméride
Colocação de RC
Nota: klicar nas fotos para aumentar.
POSTAIS ILUSTRADOS

DECADA DE 50

- Claustro dos Jerónimos;
- Excursão de finalistas;
- Depois da homenagem ao PR Marechal Carmona
- Foto tirada na cantina;
- 1º Ano de Caligrafia.

Fotos enviadas por João Manjua Leal.

Colocação de RC.
Nota: klicar nas fotos para aumentar

sexta-feira, 15 de abril de 2011


QUEM É QUE NÃO SENTE DESEJOS DE SER POLÍTICO ! ?

Enviado pelo Maurício Domingues



CINQUENTENÁRIO DO PRIMEIRO VOO ESPACIAL TRIPULADO

Completou 50 anos que Yuri Cagarin iniciou principalmente nas nossas mentes , todo um imaginário que se ia construindo com a conquista Espacial .
Nessa altura os voos espaciais ainda tinham uma áurea de aventura . A notícia de que um homem viajou no Espaço motivava perguntas sem resposta como :
Que aconteceu á cadela Laika que foi colocada em órbita a 03 de Novembro de 1957 ?
E porque os Estados Unidos como a Nação mais desenvolvida do Planeta não se antecipou aos Soviéticos ?

Anos mais tarde foi noticiado que talvez a morte da cadela tivesse sido por deficiências no controle térmico da Nave ! Também se falava de astronautas que voluntariamente se ofereceram para o vôo e que não conseguiram resistir ( verdade ou mentira ninguém o saberá ) mas duvidas permanecem .

Existia uma áurea de secretismo nas corridas espaciais entre as maiores potências do Planeta .
Porém por muitos anos que acrescentemos á História , o nome de Cagarin e a sua épica viagem de 12 de Abril de 1961 , representa um dos poucos grandes feitos que pode ser aclamado por toda uma Humanidade unida num só Povo .

Podemos debater a viagem da Vostok 1 como um fruto de uma guerra política entre dois Blocos antagônicos , e acima de tudo mais uma vitória de um sistema .
Mas os 106 minutos de Cagarim são daqueles pontos e momentos da história que nos devem Unir como espécie a caminho de um Futuro Melhor !

As viagens espaciais sempre Fascinou o imaginário da Humanidade , os Livros escritos por Júlio Verne e outros sobre viagens á Lua eram lidas como ficção , no entanto hoje sabeeemos que a realidade ultrapassou a ficção .

O Espaço é importante por motivos comerciais, militares e científicos. A busca da origem da vida, que sempre foi uma das finalidades mais “humanistas”, apesar de nem sempre ser a mais verdadeira, é muitas vezes justificação que as pesquisas e os planos espaciais procuram atingir. Acções simples, como um telefonema via telemóvel não seria possível sem um satélite. A nível militar, é possível “vigiar” o inimigo sem a presença física de um soldado entrincheirado nas moitas e camuflado. A nível científico os satélites permitem estudar o clima da Terra, prever tempestades, etc.
Muitos mais exemplos poderiam ser dados, mas creio que estes são suficientes para se perceber a importância da presença no Espaço.

Naturalmente que os Jovens de hoje não imaginam como era viver numa época a 50 anos em que a maioria da população não tinha acesso a energia elétrica , água canalizada , Televisão , do Telefone e até do vulgar Telemóvel .
O que são as crises atuais comparadas com essa data em que a esperança do tempo de vida rondava pouco mais de 60 % da situação atual .
Foi essa viagem um dos pontos que contribuiu para que em 20 de julho de 1969: fosse pronunciada a frase :
"Este é um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade".

Saudações Costeletas
António Encarnação

quinta-feira, 14 de abril de 2011


SONHOS E PESADELOS


Isto é assim, felizmente ainda há quem tenha sonhos, porque a maioria esmagadora da população portuguesa, só tem pesadelos.
Não sei se o que vou escrever é “politica” mas também não estou preocupado com isso. Sei isso sim, que é o que assisto diariamente, o que leio, o que sinto.
Com uma paciência e um discernimento que nunca é demais enaltecer, o colega Rogério vai gerindo as situações. Quem é que fere a liberdade de um ou de outro, até onde vai a liberdade de cada um. Uns pretendem dizer o que lhes vai na alma e são acusados de escrever sobre politica, mas isso só acontece quando o que escrevem é contrário à forma de pensar do(s) outro(s).
Outra situação que me parece dever referir é que uma maior assiduidade de colaboração de alguns, representa uma menor participação de outros, nalguns casos mesmo, afastamento.
O facto que refiro no parágrafo anterior, por si só é indiciador de que “O sonho de uma terça-feira!” da autoria do costeleta Jorge Tavares, por motivos óbvios, não passa mesmo de um sonho.
Se aqui no nosso blogue onde está em jogo a opinião de um ou de outro, a visão de um ou de outro, é o que se vê. Como pensar que será possível entendimento quando todos os personagens do sonho se sentarem em volta do “bolo” que já não é, mas sim o resto de uns ossinhos bem minguados, mas que os abutres não largam.
Em relação ao texto a que faço referência acima, permito-me questionar um parágrafo:
“Esta estabilidade permitiria garantir solidez financeira à Segurança Social para um largo período de tempo.”
Mas a S.S. não tem solidez financeira? Então para onde foi o dinheiro do Fundo de Pensões da Segurança Social, aquele aplicado que já está desfalcado de cerca de 50%. (fala-se em 55%, mas como isso seria uma ilegalidade, ficamos nos 50) Quem o desfalcou? Qual foi o governo que usou esse dinheiro? Vai resgatar essa divida ou não vai?
Esse dinheiro não é do Estado, esse dinheiro é dos contribuintes da S.S. e destina-se a garantir o pagamento das pensões durante 2 anos em caso de ruptura, (nada impossível) sabe-se que neste momento ele garante apenas 11 meses.
O Estado ao pagar pensões e reformas não está dando nada ao cidadão, o Estado, (I.G.F.S.S.) que em principio é pessoa de bem, tem a responsabilidade de gerir esse dinheiro e deve fazê-lo bem. Se assim não for os responsáveis deviam responder pelos seus actos, criminalmente.
Só quando quem gere as coisas do Estado passar a ser responsabilizado criminalmente, por gestão danosa e falsas promessas, poderemos vir a ter alguma esperança. Sendo necessário para isso também que a Justiça funcione.
Sendo público que este Fundo é gerido pelo Instituto de Seguros de Portugal e sendo também público que as companhias de seguros foram também convidadas, para além dos bancos, a adquirir dívida pública, fica fácil concluir onde se encontra aplicado o tal dinheiro que falta no Fundo de todos nós. Daí que eu tenha concluído que nesta parte do texto do colega (acho que somos duas vezes colegas, de escola e de profissão) não é com certeza um sonho mas sim um pesadelo.
Termino como comecei “Não sei se o que acabei de escrever é política, mas também não estou preocupado com isso,” sei que é o reflexo do que estou sentindo.
Mais uma vez o nosso colega e amigo Rogério, a quem manifesto o meu apreço, pelo seu trabalho e bom senso, vai ter que decidir se é publicável.
Um abraço para todos.

Ferreira Borges

sábado, 9 de abril de 2011


O MEU RITUAL!...

Eu sou humilde rio, descuidado,
Trilhando por vertentes de euforia;
E envolve o meu caudal tão delicado
A esp'rança de encontrar paz e alegria!

Meu vigor para o mar vai ser lançado
A fluir os murmúrios da harmonia
E sorrindo ao porvir que é desejado,
Emerjo nas enchentes... dia a dia!

Faço do meu destino um ritual
Correndo com a força natural
Na plena transparência, da minh'alma!

Por ser a minha essência a própria vida,
Sou água firme, activa na subida,
Descendo p'la corrente que me acalma!


Maria Romana
Nota:- Este poema obteve o 1º prémio internacional no Brasil.

sexta-feira, 8 de abril de 2011


sonho duma terça-feira!


Raramente sonho.
Quando tal acontece, em regra é de madrugada e penso que num misto de "dormindo/acordado".
Esta noite sonhei. Maravilha de sonho. Tenho de partilhá-lo com os meus amigos costeletas.
Via na televisão o jogo do Chelsea com o Manchester para a Liga dos Campeões...eram dezanove horas e cinquenta minutos.
Interrompem a transmissão para uma comunicação ao país do Presidente da República.
Atenção redobrada porque decerto algo de grave iria comunicar-nos ...até já estamos habituados a que nada de bom surja nestes momentos.
Iniciou a sua comunicação, informando que todos os partidos políticos, Conselho de Estado e os habituais grandes economistas *, tinham chegado a um consenso da forma como Portugal se devia apresentar aos seus credores. Esta reunião, especialmente com os partidos, não tinha sido feita mais cedo, por imperativos de agenda, mas urgia acalmar os portugueses.
A solução encontrada iria proporcionar ao nosso país uma substancial melhoria nas suas condições de vida. Através de uma mora aos fornecedores seria possível:
- Relançar a economia, com papel importante das Instituições Bancárias, que se podiam financiar no estrangeiro.
- Colocar grande parte da dívida pública nestas Instituições Bancárias, que se haviam disponibilizado para esse apoio financeiro
- Com o relançamento da economia, e finalmente a abertura do crédito bancário às empresas, estas podiam reactivar o seu papel importante de empregadores, diminuindo substancialmente o desemprego
- Em face da diminuição dos encargos o Estado podia diminuir os impostos, especialmente o Iva para uma taxa de 19 % , bem como os escalões do IRS.
- Esta estabilidade permitiria garantir solidez financeira à Segurança Social para um largo período de tempo
- Os reformados de baixos rendimentos veriam a sua reforma melhorada.
- Finalmente, muitas outras medidas iriam ser tomadas para que num período máximo de cinco anos o nível de vida dos portugueses se equiparasse aos seus compatriotas europeus.
Porque os sonhos não duram sempre, acordei feliz, porque mesmo em sonho vivi durante algum tempo naquele que gostaria que fosse o meu país

* Será que o conceito de "grande" resulta das vezes que aparecem na televisão?

Jorge Tavares
costeleta 1950/56