quinta-feira, 24 de março de 2011


NÃO ESQUECER PORTUGAL (III)

Por João Brito Sousa

Viva Portugal
Nunca vi nem ouvi falar tão mal da governação como agora. De aldrabões para cima chama-se tudo aos políticos. Que deveriam ser eles a auferir as baixas reformas que muitos portugueses auferem, diz-se claramente na TV. E que, ainda por cima, algumas delas sujeitas a reduções.
Que fazer ?
Não sei. Por mim, sou português desligado dos partidos, ou seja, não filiado. Que gostava de fazer coisas ou de participar. Porque não devemos ficar indiferentes..
Vamos ver.
Recordemos que desde a batalha de S. Mamede em Abril de 1128, quando o moço Afonso Henriques venceu o exército de sua mãe em campo aberto, numa tarde luminosa, “a primeira tarde portuguesa”, como lhe chamou o grande artista plástico Acácio Lino, em imagem reproduzida no painel de sua autoria que se encontra no Palácio de S. Bento em Lisboa, não me lembro ter constatado, tanta falta de consideração como se está agora, a revelar uns pelos outros, a começar pelas altas esferas.
O futuro preocupa-me e o futuro é já amanhã.
Portugal foi, no passado, um País respeitado e deverá continuar a ser. Um País que teve Camões, Pessoa, Antero, Junqueiro, Torga, Saramago e outros grandes vultos da cultura não pode ficar indiferente perante o que se está a passar.
Que é muito mau.
Não é este País que nos prometeram, diria Baptista Bastos.
Temos de estar unidos e recordar Aljubarrota, D. Nuno Álvares Pereira, D. João IV e os homens da Republica, que ingenuamente pensaram que podiam ser felizes. Não, sonharam apenas. Mas o País sobreviveu, não deixou que alguém aqui se intrometesse. Que é o que não está a acontecer agora.
A senhora alemã já disse de nós o que não devia. Nas notícias que passam a todo o momento refere-se mais austeridade, mais impostos, menos qualidade de vida.
Portugal, quo vadis.
Eis a questão.

Jbritosousa@sapo.pt