Os 50 anos de vida
literária
de Neto Gomes
Manuel
Joaquim Neto Gomes, nascido em Vila Real de Santo António, vendo lá ao fundo da
“sua rua”, o sempre a correr Guadiana, fazendo-me lembrar o sempre presente
poema – hino à terra algarvia do armacenense António Pereira – “A minha rua tem
o mar ao fundo…), poeta maior entre os maiores aqui nascidos, conterrâneo da
Dra Maria dos Aflitos, essa extraordinária mulher do Manolito”, como lhe
chamava a professora Isabel Pato (mãe saudosa do sempre lembrado e saudoso
professor Dr António Rosa Gomes), mãe, avó, professora e tanto mais, faz neste
ano de 2016, que começou a andar (e de que maneira singular e ativa) nesta
aventura louca e de total entrega, que é o jornalismo.
São as
“Bodas de Diamante” de quem assentando tropa” no “Times” é hoje autor, senhor e
criador de mais de dezena e meia de obras que são colunas ímpares da
bibliografia algarvia contemporânea, que abarcam nas suas temáticas
aprofundadas, da política e dos políticos, ao viver único do “puto” que nunca
foi menino porque as dificuldades zolianas na vivência paternal entre as pescas
e a fábrica de conservas, assim o fizeram.
Mas
venceu e é um vencedor ele, Neto Gomes, que por esse país em fora, num casso
único que jamais se repetiu, anunciou, animou e gritou bem alto, como só ele o
sabe gritar, os heróis maiores ou menores, apenas homens, de várias edições da
“Volta a Portugal em Bicicleta”.
Cidadão
do mundo algarvio o é em pleno, desde a natal cidade pombalina, que ninguém
como ele o sabe recordar o Zé Aranha, o Manuel Caldeira, o Califa Manuel José e
tantos outros, depois (sem qualquer sentido ordenado por Silves, Portimão,
Albufeira, Quarteira, Loulé, onde hoje vive, um verdadeiro andarilho, de quem
tem a salutar e heróica coragem de olhar a vida frente a frente e sempre com
duas grandes das muitas avenidas que são o seu quotidiano – erguer um mundo
novo nos muitos mundos velhos que por aí existem e construir pontes, todas as
pontes possíveis no cimento da mais fraterna solidariedade, que distribui a
cada instante.
Tanto a
dizer do Neto Gomes, este insigne jornalista e escritor, que nunca fecha os
olhos a toda e qualquer batalha, desde que me causa esteja e sempre o tem estado,
um caso de humanidade, de dar-se e de dar o melhor de si.
Neste ano
em que assinalam os cinquenta anos do viver com as letras criativas do “meu
irmão” Manuel Joaquim é preciso, importa como pão para a boca, urge, que o
Algarve, a luminosa terra sulina onde nascemos, celebre a efeméride com aquilo
que o Neto Gomes tem dado “às mãos cheias” – amor, inteligência, empenho,
vontade e este espírito indómito de servir, como os milhares de escritos e
comentários e a caminho dos 20 livros publicados.
Sim
amigos, a nossa região, todos e cada um de nós, tem que dizer para que suestes
e levantes a levem a todos os recantos da terra sulina – Obrigado, Neto Gomes!
João Leal
IN JA.
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